Diabetes: sintomas, tratamentos e causas

02/07/2019

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue


O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. 


Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

Sintomas, causas e tratamento da diabetes
Sintomas, causas e tratamento da diabetes

Tipos

Diabetes tipo 1

No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.

Pré-diabetes

A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.

Diabetes tipo 2

No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois fatores - a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.

Diabetes Gestacional

É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando aos aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve mecanismos relacionados à resistência à insulina.

Outros tipos de diabetes

Esses tipos de diabetes são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:

  • Diabetes por defeitos genéticos da função da célula beta
  • Por defeitos genéticos na ação da insulina
  • Diabetes por doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.)
  • Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).
O que é diabetes?
O que é diabetes?

Perguntas frequentes

Meu exame de glicemia está acima dos 100 mg/dl. Estou com diabetes?

Não necessariamente. O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo para investigar o diabetes e acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia do jejum ficam entre 70 e 99 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue). Estar um pouco acima desses valores indica apenas que o indivíduo está com uma glicemia no jejum alterada. Isso funciona como um alerta de que a secreção de insulina pode não estar normal, e o médico deve seguir com a investigação solicitando um exame chamado curva glicêmica, que define se o paciente possui intolerância à glicose, diabetes ou então apenas um resultado alterado.

Diabetes é contagioso?

O diabetes não passa de pessoa para pessoa. O que acontece é que, em especial no tipo 1, há uma propensão genética para se ter a doença e não uma transmissão comum. Pode acontecer, por exemplo de a mãe ter diabetes e os filhos nascerem totalmente saudáveis. Já o diabetes tipo 2 tem uma função multifatorial: é consequência de maus hábitos, como sedentarismo e obesidade, que também podem ser adotados pela família inteira - explicando porque pessoas próximas tendem a ter a doença conjuntamente, mas também tem propensão genética.

Posso consumir mel, açúcar mascavo e caldo de cana?

Sabe-se que o Diabetes tipo 2 do adulto, que corresponde a 90% dos casos de Diabetes no mundo, tem causa multifatorial, ou seja, são muitos fatores que juntos desencadeiam a doença. A vida sedentária, a tendência genética e principalmente o ganho de peso são as principais causas.


O ganho de peso é decorrente do excesso de calorias ingeridas. Dessa forma, se a pessoa come açúcar a mais e acaba por isso ganhando peso, neste caso sim o açúcar é a causa do ganho de peso, que finalmente, pode levar ao Diabetes. Mas se a pessoa come pão em excesso, ou batata, ou arroz, e devido a estas calorias fica acima do peso, também igualmente tem risco de desenvolver Diabetes.


Resumindo: não é o fato de comer especificamente açúcar que causa Diabetes, mas sim o fato de comer em excesso qualquer alimento que acabe fazendo com que o peso da pessoa aumente. E, além do excesso de peso, é preciso juntar outros fatores, como sedentarismo e história familiar para daí sim, ter maior risco de desenvolver Diabetes.


Insulina causa dependência?

A aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou psíquica. O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula, tornando-se fonte de energia. Não se trata de dependência química e sim de necessidade vital. O paciente com diabetes precisa da insulina para sobreviver, mas não é um viciado na substância.

Sintomas da diabetes.
Sintomas da diabetes.

Sintomas de Diabetes

Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar, fome e sede excessiva e emagrecimento. Esses sintomas acontecem em decorrência da produção insuficiente de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente sua ação, causando assim um aumento da glicose no sangue. Confira a seguir os sintomas característicos de cada tipo de diabetes.

Principais sintomas do diabetes tipo 2:

Pessoas com diabetes tipos 2 não apresentam sintomas iniciais e podem manter a doença assintomática por muitos anos. No entanto, devido a uma resistência à insulina causada pela condição de saúde é possível manifestar os seguintes sintomas:

  • Fome excessiva
  • sede excessiva
  • infecções frequentes. Alguns exemplos são bexiga, rins e pele
  • Feridas que demoram para cicatriza
  • Alteração visual (visão embaçada)
  • Formigamento nos pés e furúnculos.

Qualquer indivíduo pode manifestar diabetes tipo 2. No entanto ter idade acima de 45 anos, apresentar obesidade ou sobrepeso e ter histórico familiar de diabetes tipo dois podem aumentar o risco de ter a doença.

Sintomas do diabetes tipo 1

Pessoas com diabetes tipo 1 podem apresentar os seguintes sintomas:

  • Vontade frequente de urinar
  • Fome excessiva
  • Sede excessiva
  • Emagrecimento
  • Fraqueza
  • Fadiga
  • Nervosismo
  • Mudanças de humor
  • Náusea e vômito.

O diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com infecções virais. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum ser diagnosticada em crianças, adolescentes ou adultos jovens.


Tratamento de Diabetes

O tratamento de diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente no sangue do paciente evitando que apresenta picos ou quedas ao longo do dia. Veja a seguir o tipo de tratamento para cada tipo de diabetes:


Aplicação de insulina

Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Para fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue.


A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo (camada de células de gordura), logo abaixo da pele.

Os melhores locais para a aplicação de insulina são:

  • Abdome (barriga)
  • Coxa (frente e lateral externa)
  • Braço (parte posterior do terço superior)
  • Região da cintura
  • Glúteo (parte superior e lateral das nádegas).


Uso de medicamentos específicos

Além de prescrever injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue, alguns médicos solicitam que o paciente inclua também medicamentos via oral em seu tratamento.

Tratamento e prevenção do diabetes
Tratamento e prevenção do diabetes

Corte o cigarro

Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto. As substâncias presentes no cigarro ajudam a criar acúmulos de gordura nas artérias, bloqueando a circulação. Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica mais e mais lento, até o momento em que a artéria entope. Além disso, fumar também contribui para a hipertensão no paciente com diabetes.


Cuide da saúde bucal

A higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias. Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca acaba também recebe diversos corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida, favorecem a proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez a cada seis meses é essencial.


Complicações possíveis

Retinopatia diabética

Lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual.


Arteriosclerose

Endurecimento e espessamento da parede das artérias.


Nefropatia diabética

Alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total.


Neuropatia diabética

Os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais e desequilíbrio, enfraquecimento muscular, traumatismo dos pelos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.


Pé diabético

Ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés de quem tem diabetes desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado.


Infarto do miocárdio e AVC

Ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.


Infecções

O excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.


Hipertensão

Ela é uma consequência da obesidade - no caso do diabetes tipo 2 - e da alta concentração de glicose no sangue, que prejudica a circulação, além da arteriosclerose que também contribui para o aumento da pressão.

Complicações do diabetes
Complicações do diabetes

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